segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Lenda da Iara

Lenda da Iara


Personagem do folclore brasileiro, a Iara é uma sereia que vive no rio Amazonas. Sereia é uma criatura que possui metade do corpo de um peixe e metade de uma mulher. Da cintura para baixo ela tem uma cauda, com escamas e nadadeiras; Da cintura pra cima ela tem corpo e rosto de mulher.
A lenda diz que ela é como uma índia: morena, com olhos castanhos e cabelos longos, lisos e escuros, que vão até a cintura e cobrem os seios dela, já que ela não usa roupa. O nome Iara também tem origem no dialeto dos índios, e significa “aquela que vive na água”.

A lenda folclórica da Iara

A Iara é considerada pelo povo como a mãe d’água, pois segundo a lenda, a Iara é uma criatura extremamente bela, e quanto os pescadores vão para o rio pescar ela os encanta. Os pescadores ficam hipnotizados com a beleza da Iara.
Especialmente nas noites de lua cheia a Iara se torna uma conquistadora, fica em cima de pedras e encostas do rio, e começa a se exibir para os pescadores, mostrando toda sua beleza, sua excêntrica cauda de peixe, e hipnotizando-os com seu canto. Hipnotizados, os homens acabam seguindo a Iara para o fundo do rio.
Dizem que ela atrai os homens para o rio apenas para se casar com eles, porém, eles acabam morrendo afogados, pois não têm metade do corpo peixe como ela para aguentar ficar em baixo d’água, e como estão hipnotizados não conseguem ir em bora do rio.
A lenda diz que são poucos homens os que conseguem fugir da Iara e voltar para casa, e mesmo assim, esses poucos que conseguem voltar acabam enlouquecendo por causa do canto da sereia, e apenas um ritual feito com um Pajé (chefe religioso dos índios) poderá libertá-lo do encanto pela Iara.

História de como surgiu a Iara

Dizem os índios que Iara era uma índia guerreira muito bela, e seus irmãos tinham muito ciúme dela, pois seu pai a elogiava o tempo inteiro. Eles então bolaram um plano para matar a irmã, mas por sorte Iara ouviu tudo e matou eles primeiro.
Depois de matar os irmãos Iara fugiu pela floresta, mas seu pai a perseguiu até conseguir captura-la, e como punição a jogou no rio Solimões, que fica na Amazônia. Mas os peixes do rio ficaram com pena dela e a salvaram. Como era noite de lua cheia, ela acabou se tornando uma sereia.

Lendas de folclore não são verdadeiras!

Vale lembrar que as lendas e folclores não são verdade, são apenas histórias criadas pelas pessoas – principalmente pelos índios. A Iara não existe, mas muitos índios acreditam que ela exista sim, e têm tanto medo dela que nas noites de lua cheia não chegam nem perto do rio, para não serem hipnotizados e não morrerem afogados.

Fonte: https://www.estudokids.com.br/lenda-da-iara/

terça-feira, 14 de agosto de 2018

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Contribuição dos outros povos para a cultura brasileira


Contribuições para a cultura brasileira

PORTUGAL

Dentre os diversos povos que formaram o Brasil, foram os europeus aqueles que exerceram maior influência na formação da cultura brasileira, principalmente os de origem portuguesa
A mais evidente herança portuguesa para a cultura brasileira é a língua portuguesa, atualmente falada por virtualmente todos os habitantes do país. A religião católica, crença da maioria da população, é também decorrência da colonização. O catolicismo, profundamente arraigado em Portugal, legou ao Brasil as tradições do calendário religioso, com suas festas e procissões. As duas festas mais importantes do Brasil, o carnaval e as festas juninas, foram introduzidas pelos portugueses.
Além destas, vários folguedos regionalistas como as cavalhadas, o bumba-meu-boi, o fandango e a farra do boi denotam grande influência portuguesa. No folclore brasileiro, são de origem portuguesa a crença em seres fantásticos como a cuca, o bicho-papão e o lobisomem, além de muitas lendas e jogos infantis como as cantigas de roda.
Na culinária, muitos dos pratos típicos brasileiros são o resultado da adaptação de pratos portugueses às condições da colônia. Um exemplo é a feijoada brasileira, resultado da adaptação dos cozidos portugueses. Também a cachaça foi criada nos engenhos como substituto para a bagaceira portuguesa, aguardente derivada do bagaço da uva.
Alguns pratos portugueses também se incorporaram aos hábitos brasileiros, como as bacalhoadas e outros pratos baseados no bacalhau. Os portugueses introduziram muitas espécies novas de plantas na colônia, atualmente muito identificadas com o Brasil, como a jaca e a manga.
De maneira geral, a cultura portuguesa foi responsável pela introdução no Brasil colônia dos grandes movimentos artísticos europeus: renascimento, maneirismo, barroco, rococó e neoclassicismo.
Assim, a literatura, pintura, escultura, música, arquitetura e artes decorativas no Brasil colônia denotam forte influência da arte portuguesa, por exemplo nos escritos do jesuíta luso-brasileiro Padre Antônio Vieira ou na decoração exuberante de talha dourada e pinturas de muitas igrejas coloniais. Essa influência seguiu após a Independência, tanto na arte popular como na arte erudita.

ITALIA


A imigração italiana para o Brasil foi um dos maiores fenômenos imigratórios já ocorridos.
Das inúmeras contribuições dos italianos para o Brasil e à sua cultura, destacam-se:

* Introdução de elementos tipicamente italianos no catolicismo de algumas regiões do Brasil (festas, santos de devoção, práticas religiosas).
* Diversos pratos que foram incorporados à alimentação brasileira, como o hábito de comer panetone no Natal e comer pizza e espaguete freqüentemente (principalmente no Sudeste), além da popular polenta frita.
* O sotaque dos brasileiros (principalmente na cidade de São Paulo, o sotaque paulistano), na Serra gaúcha, no sul catarinense e no interior do Espírito Santo.
* A introdução de novas técnicas agrícolas (Minas Gerais, São Paulo e no Sul).
* A criação do time Palestra Itália em 1914 com o intuito de aproximar e unificar os imigrantes italianos que viviam na cidade de São Paulo. Mas por ocasião da segunda guerra mundial, o time foi forçado a mudar o seu nome para Sociedade Esportiva Palmeiras sob pena do clube perder todo o seu patrimonio físico. Isso por imposição da ditadura Vargas após declarar guerra contra a Itália, sendo criminalizado no Brasil qualquer manifestação cultural italiana.
 

ALEMANHA
A imigração e a colonização alemã no Brasil tiveram um importante papel no processo de diversificação da agricultura e no processo de urbanização e de industrialização, tendo influenciado, em grande parte, a arquitetura das cidades e, em suma, a paisagem físico-social brasileira.
O imigrante alemão difundiu no Brasil a religião protestante e a arquitetura germânica; contribuiu para o desenvolvimento urbano e da agricultura familiar; introduziu no país o cultivo do trigo e a criação de suínos.
No domínio religioso, há de se reconhecer a influência dos pastores, padres e religiosos descendentes de alemães..


A vida cultural dos imigrantes também teve um papel importante na formação da cultura brasileira, especialmente no que diz respeito a certos hábitos alimentares, encenações teatrais típicas, corais de igrejas, bandas de música e assim por diante. Exemplo caracterstico é a Oktoberfest, que, a princípio, surgiu como uma forma de manifestação contra as atitudes tomadas pelo Estado Novo ao proibir atividades culturais que identificassem a germanidade. Hoje, ela é uma festa que simboliza a alegria alemã, tendo incorporado, com adaptações e modificações, a gastronomia, a música, a língua alemãs.
PAISES ESLAVOS

Os povos eslavos, em sua maioria poloneses, formaram a maior corrente imigratória no estado do Paraná. 
Entre 1869 e 1920, estima-se que 60.000 poloneses entraram no Brasil, dos quais 95% estabeleceram-se no Paraná, nas colônias de Mallet, Cruz Machado, São Mateus do Sul, Irati e União da Vitória e na região de Curitiba. Em menor quantidade, rumaram para o interior dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 
Os imigrantes eslavos se dedicaram principalmente à agricultura com plantações de milho, feijão, repolho, batata, etc. Difundiram o uso do arado e de outras técnicas agrícolas no Paraná. Trouxeram consigo um modelo de carroça tipicamente eslava, utilizada até hoje no Paraná para o transporte de materiais e de produção agrícola.



PAISES ARABES
Nas últimas décadas, a contribuição cultural dos árabes tem sido mais lembrada pela culinária, embora haja outros campos em que sua presença é marcante.

O aumento das cadeias de fast-food nos grandes centros urbanos aproximou a população do quibe, da esfiha, do tabule e da coalhada seca, antes circunscritos aos restaurantes típicos. A popularização, sobretudo do quibe e da esfiha, fez com que fossem incorporados a outros estabelecimentos de alimentação, como as tradicionais pastelarias chinesas, e mesmo bares e padarias de portugueses e brasileiros.


ESPANHA

Bandeira espanhola. O povo da Península Ibérica representou o terceiro maior grupo de imigrantes que veio para o Brasil
imigração espanhola para o Brasil ocorreu em distintos momentos da história nacional. Durante o período colonial, a inexistência ou constantes disputas de fronteiras claras entre as duas colônias fizeram com que pessoas de origem espanhola habitassem regiões que hoje fazem parte do território nacional.
A maior parcela de espanhóis fixou-se no estado de São Paulo. Eles deslocaram-se para trabalhar nas fazendas de café do interior do estado paulista.
Poucos foram os que conseguiram acumular capital, sendo que, nos casos em que isso se fez possível, os espanhóis habitavam a cidade, e não o campo.
Compondo principalmente a classe dos colonos e assalariados rurais, bem como a nascente classe operária brasileira, os espanhóis contribuíram com a organização dos trabalhadores fabris. Assim como os italianos, com parte dos trabalhadores espanhóis vieram também as ideologias anarquistas e anarco-sindicalistas que constituíram a principal influência política nos meios operários brasileiros das três primeiras décadas do século XX.
JAPAO

Imagem: Tsuru, arte japonesa feita através de dobradura de papel que é muito popular no Brasil.



Atualmente, o Brasil é o país com a maior quantidade de japoneses fora do Japão. Integrados à cultura brasileira, contribuem com o crescimento econômico e desenvolvimento cultural de nosso país. Os japoneses trouxeram, junto com a vontade de trabalhar, sua arte, costumes, língua, crenças e conhecimentos que contribuíram muito para o nosso país. Além disso, implantaram novas técnicas nos campos brasileiros, trouxeram as suas comidas típicas, a sua religião budista xintoísta e contribuíram de forma expressiva para a formação da mistura que é o povo brasileiro.

Africa

negro africano foi trazido para o Brasil para ser empregado como mão de obra escrava. Conforme as culturas que representavam (ritos religiosos, dialetos, usos e costumes, características físicas etc.) formavam três grupos principais, os quais apresentavam diferenças acentuadas: os sudaneses, os bantos e o malês. (sudaneses islamizados).
Salvador, no nordeste do Brasil, foi a cidade que recebeu o maior número de negros, e onde sobrevivem vários elementos culturais.
São exemplos o “traje de baiana”, com turbante, saias rendadas, braceletes, colares, a capoeira e os instrumentos de música como o tambor, atabaque, cuíca, berimbau e afoxé.
De modo geral, a contribuição cultural dos negros foi grande:
Na alimentação, vatapá, acarajé, acaçá, cocada, pé de moleque etc;
Nas danças (quilombos, maracatus e aspectos do bumba meu boi)

Nas manifestações religiosas (o candomblé na Bahia, a macumba no Rio de Janeiro e o xangô em alguns estados do nordeste).

OS IMGRANTES
 Antonio Rocco. Os Emigrantes. Óleo sobre tela. Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Os italianos, como todos os demais imigrantes, deixaram seu país basicamente por motivos econômicos e socioculturais. A emigração, que era muito praticada na Europa, aliviava os países de pressões socioeconômicas,   além de alimentá-los com um fluxo de renda vindo do exterior, em nada desprezível, pois era comum que imigrantes enviassem economias para os parentes que haviam ficado.

No caso específico da Itália, depois de um longo período de mais de 20 anos de lutas para a unificação do país, sua população, particularmente a rural e mais pobre, tinha dificuldade de sobreviver quer nas pequenas propriedades que possuía ou onde simplesmente trabalhava,quer nas cidades, para onde se deslocava em busca de trabalho.

Nessas condições, portanto, a emigração era não só estimulada pelo governo, como era, também, uma solução de sobrevivência para as famílias. Assim, é possível entender a saída de cerca de 7 milhões de italianos no período compreendido entre 1860 e 1920.